O que há de errado comigo Não consigo encontrar abrigo Meu país é campo inimigo E você finge que vê, mas não vê
Lave suas mãos que é à sua porta que irão bater Mas antes você verá seus pequenos filhos trazendo novidades
Quantas crianças foram mortas dessa vez? Não faça com os outros o que você não quer Que seja feito com você Você finge não ver e isso dá câncer
Não sei mais do que sou capaz Esperança, teus lençóis têm cheiro de doença E veja que da fonte sou os quilômetros adiante
Celebro todo dia minha vida e meus amigos Eu acredito em mim e continuo limpo
Você acha que sabe Mas você não vê que a maldade é prejuízo O que há de errado comigo? Eu não sei nada e continuo limpo
Ao lado do cipreste branco À esquerda da entrada do inferno Está a fonte do esquecimento Vou mais além, não bebo dessa água Chego ao lago da memória Que tem água pura e fresca E digo aos guardiões da entrada "Sou filho da Terra e do Céu"
Dai-me de beber, que tenho uma sede sem fim Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha Me tira essa vergonha, me liberta dessa culpa Me arranca esse ódio, me livra desse medo Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha E esta é uma canção de amor... E esta é uma canção de amor...